Essa Noite...

Céu sem estrelas, noite sem luar.
Uma brisa, vento frio...


Tudo faz lembrar você!

Uma noite como essa,
Uma historia de amor...
Um destino incerto...

Ah tempo, ventos, brisa, destino...

Lembro de meus ideais,
Sonhos, jogados fora...
Atirados ao vento.
Lembro de minha paixão esquecida!
Meu amor incompreendido, destruído.


Noite triste, de lembranças frias.
Que vento esse bate em meu rosto
Acorda-me pra vida...
Mais insisto em entrar nesse transe
Que me faz lembrar você!

Minha
historia de amor mal resolvida...

Noite em silencio, noite sem luar!
Noite vazia e um céu tristonho...
E tudo, tudo me lembra você!

ALMIR ARAUJO

UM CERTO GAROTO!

Domingo eu vi aquele garoto.
Diferente, mais magro, estranho!
Bonito ainda, eu acho!
Olhei tanto, quase o sequei...
Pensava... Que lindo!
Eu quero esse garoto...
Sua pele, seu corpo, sua boca!
Eu quero aquele moleque...
Seus beijos, seu olhar, seu amor!
Domingo, eu quase chamei, gritei.
Queria lhe falar, relembrar,
Seu poema, nosso poema!
Dois corpos, duas vidas, duas bocas,
Querem sempre se encontrar.
Domingo, me bateu uma vontade,
Um desejo sabe lá, de chamar,
Olhar cara a cara, dizer algo...
“Fala comigo quando me ver...”.
Ah... Esse garoto!
ALMIR ARAUJO

¬¬ pOeMa sEm RumO ¬¬

Onde estou agora?
Sem rumo, sem paradeiro.
Onde estão meus amigos,

Minha vida?
Alguém passa...

Na rua passa...
Minha vida já foi e não aconteceu
Onde esta meu pensamento?
Meu mundo é outro...

Meu destino é incerto!
Às vezes penso que vou voltar...
Para onde?...

Quando?...
Por que penso nisso?
To sem rumo...

To sem vidaaaaaaaaaaaaaaaaaa...
Será que eu volto?...

Para onde?...
To sem p a r a d e i r o.
E sem saco pra dizer Que saco!
Alguém lá fora me chama...

Quem?
Não sabe dizer meu nome...
Ah deixa, eu quero outro nome,
João?, Carlos?, Alberto?, Mateus?, outro.
Não sei mais o que estou dizendo...
Não sei onde estou vivendo, nem...
Quero minha vida antiga...

Meus amigos
Minha historia de novo, pra quem nunca viu!

||| ||| ||| ||| O POETA ||| ||| ||| |||


O poeta não quer se pronunciar,
Já não quer dizer, não quer falar
Mas vejo tristeza em seu olhar!
O poeta esta de alma morta.
Entrou em coma por dentro!
Ele não canta mais, não escreve,
Mal fala, e nem ri...
Tudo porque arrancaram dele
Sua fonte inspiradora.
Abandonado, sentiu se perdido,
Sem animo para escrever,
Sem vontade de viver
Sem o seu grande amor para se inspirar.
O poeta esta morrendo!
Por dentro, esta se desfazendo,
Aos poucos perdendo o brilho
O poeta esta morrendo!
E ninguém esta percebendo...

.UM LUGAR DISTANTE

Vou embora deste mundo!
Vou embora a contragosto.
Quero ficar mais não posso,
Me rebelar, mas não sei como.
Vou para um lugar distante
Onde o clima é diferente
As pessoas vivem iradas
Acomodadas e mal amadas.
Onde poucos são felizes...
Vou embora deste mundo
De onde já sinto saudades.
Deixo aqui minha alegria,
Meu prazer, meu romantismo.
Lá não usarei isso!
Mudarei meu nome
Nesse lugar, serei outra pessoa.
Terei que me igualar a eles
Levarei minhas lembranças,
Saudades, desejos e vontades...
Levarei meu coração partido
E sofrido de amores mal vividos
Vou pra um lugar de gente
Estranha e hipócrita.
Vou embora, vou sofrendo,
Chorando, Mas vou vivendo!
ALMIR ARAUJO

ME PROCURE

Quando chegar as manhãs frias de inverno e,
Sozinho voce se encontrar,
Me procure!
Quem sabe assim, eu esquento seu corpo frio,
E voce meu coração triste!
Mas se não achar, procure-me no teu coração.
Vasculhe bem, pois estarei la no fundo escondido,
A b a n d o n a d o !
Quem sabe eu possa te aquecer,
Mesmo em seus pensamentos.
E quando vier a primavera, e ainda estiver só,
Não hesite em me procurar, quem sabe estarei por perto.
E se mais uma vez não encontrar
Plante um girassol em seu quintal.
Assim estarei sempre ao seu lado,
Em pensamentos, pois pode ser tarde!
Tarde pro agora, em que pode estar ao meu lado
Nessas manhas frias, tardes quentes e
Noites gostosas de um longo outono.
Mais seu coração vazio e frio
Te impede de perceber!

Almir Araujo

_____Manhã de Outono______

Manhã de outono,
Céu cinzento,
Tempo frio,
O silencio paira no ar
O mundo não para,
As pessoas não param,
Mas, nessa manha cinzenta de
Um outono, eu paro!
Paro pra pensar, lembrar, relembrar,
E assim tentar reviver o que ja foi.
Num vai e vem de pessoas
Caladas, apressadas, Eu paro!
Lembro o que eu era,
Vejo o que me tornei...
Valeu a pena?

Almir Araujo/ Outono 2007