Garoto Sapeca! (AutoAvaliação)

Garoto sapeca, risonho e feliz,
Cadê a alegria que tinha nesse rosto?
Sumiu!
Outrora era feliz!
Menino, cadê a criança que contava piadas?
O fim da infância foi chegando
E aos poucos foi tomando conta de tudo.

Hoje vive triste, pouco sorri,
Não conta piadas, nem da suas gargalhadas

Ahh garoto sapeca, que triste saber
Que a criança morreu.

Hoje vive triste, pouco sorri,
Longe dos seus sonhos,
Perto da solidão

Garoto sapeca, onde anda você?

Almir Araujo /Nov 2010

TEMPOS QUE NÃO VIVI III

Volto a escrever sobre os anos vinte.
Os anos do modernismo onde a arte ganhava seu espaço.
Tarsila do Amaral reconhecida mundialmente,
Suas obras... Um talento!
Época da Pauliceia desvairada de Mário de Andrade.

Ah, que anos!
Época dourada!
Anos das normalistas!
Das melindrosas, mulheres ousadas, cheias de atitudes.
Que lutavam por direitos iguais,
Feministas que iam as ruas defender, brigar
Pela independencia feminina.

Também foi uma época de desilusões amorosas,
Onde o amor era o forte do momento,
E mulheres desiludidas preferiam o convento,
Entregando-se de corpo e alma para igreja.
E o casamento, muitos deles era um negocio arranjado.

Anos vinte, época do cinema mudo e Charles Chaplin!
Do romantismo!
Anos em que as industrias estavam crescendo em São Paulo.
E muitos imigrantes chegavam no país com esperanças
De trabalho e uma vida melhor.

Anos vinte, novos tempos,
Tempos de mudanças, de transformações...
Que saudades que eu tenho dessa Época,
Esses anos que não vivi.

Almir Araujo/ Nov 2010

CLASSIFICADOS!

Procura-se um amor!
Que seja bonita, por fora e principalmente por dentro.
Que seja humilde e um tanto ambiciosa.
Alguém que me entenda e não me deixe ficar triste
Que esteja sempre ao meu lado nas horas alegres e
Nos momentos difíceis.
Que seja só meu!

Procura-se um amor!
Que me ame de verdade,
Me chame de anjo, bebe, gutiguti, ou qualquer apelido
Bizarro mas que, chamando carinhosamente se torna lindo.
Quero alguém que me acorde com beijos,
Que me dê broncas por dormir demais.
Que seja mãe e mulher,
E me Telefone a toda hora preocupando-se comigo.
Que declare aos quatro ventos que somos um só coração!

Procura-se um amor!
Um alguém cheio de vida, cheio de alegria,
Com espirito aventureiro e muita paixão para doar.
Que seja romantica, assim como eu!
Que seja meio moleca, meio menina,
Meio mulher e meio felina.

Se alguém se interessar por esse bobo apaixonado,
Me escreva: Eu, Cavalheiro Solitário,
Rua Coração Sem Dono,
Bairro da Paixão.
A casa não existe numero, ponha apenas
Casa da Solidão.
Quero alguém que tenha o vicio de amar.

Almir Araujo/ Novembro 2010