TEMPOS QUE NÃO VIVI III

Volto a escrever sobre os anos vinte.
Os anos do modernismo onde a arte ganhava seu espaço.
Tarsila do Amaral reconhecida mundialmente,
Suas obras... Um talento!
Época da Pauliceia desvairada de Mário de Andrade.

Ah, que anos!
Época dourada!
Anos das normalistas!
Das melindrosas, mulheres ousadas, cheias de atitudes.
Que lutavam por direitos iguais,
Feministas que iam as ruas defender, brigar
Pela independencia feminina.

Também foi uma época de desilusões amorosas,
Onde o amor era o forte do momento,
E mulheres desiludidas preferiam o convento,
Entregando-se de corpo e alma para igreja.
E o casamento, muitos deles era um negocio arranjado.

Anos vinte, época do cinema mudo e Charles Chaplin!
Do romantismo!
Anos em que as industrias estavam crescendo em São Paulo.
E muitos imigrantes chegavam no país com esperanças
De trabalho e uma vida melhor.

Anos vinte, novos tempos,
Tempos de mudanças, de transformações...
Que saudades que eu tenho dessa Época,
Esses anos que não vivi.

Almir Araujo/ Nov 2010