ORAÇÃO AO PAPAI DO CEU!

Querido papai do céu,
Ainda sou criança, um menino inocente
Tenho medo da vida.
Gosto de brincar na rua, correr
Tomar banho de chuva
Porém a mamãe não deixa

É pecado papai do céu?

Tenho medo de crescer

Os adultos estão sempre serios,
Nunca brincam de nada.
Meu pai diz que so sabe brincar de trabalhar,
Mas não deve ser legal, ele esta sempre bravo
E quase nunca fica em casa.
Triste!
Também tenho medo do mundo
E das pessoas más.
Agradeço por ter o papai e a mamãe comigo,
Com eles me sinto mais protegido.
Agradeço por esse dia e pelos outros também
Que o Senhor me proteja
E as outras crianças, e as nossas famílias.
Agradeço por eu ser um menino perfeito,
Obrigado papai do céu.
Boa noite!

Almir Araujo/ 07-2009

___________A Valsa!

Não se sabe ao certo o começo dessa valsa
Mas sim, quando a turbulência se instalou
Desde então, tudo se tornou denso
Os sentimentos são intensos

O prazer e a dor dançam juntos.
O choro prevalece constante,
Hora de alegria, hora de tristeza.
Não sei do futuro ousado dessa valsa
Nem compreendo o porque de tal crueldade comigo.
Ou compreendo?
Talvez sim, quem sabe fugi de minha missão
E por castigo entrei na valsa.
A valsa da morte,
A última dança!
Fui infiel aos meus princípios,
Insensato vivi sem pudor
Ah dança maldita, valsa que me faz
de um futuro obscuro.

A que viemos nesse mundo?
Seria mesmo uma missão que devemos cumprir na terra?
E esta dança que entrei, sairei vivo antes do fim
Ou dançarei ate minhas pernas tremulas e cansadas
Pedirem arrego e cama.

Isso tudo me desequilibra, me faz delirar
E nas noites não consigo dormir
Tenho medo, tudo me da medo,
Solidão, o escuro, o amanhã...

Almir Araujo/07-2009



"E eu serei o tal, aquele que vai te fazer sorrir quando por dentro Estiver chorando!
Aquele que ri, brinca, te faz voltar a ser criança e por dentro guarda a esperança do amor....
Prazer, sou o Palhaço!"

Sentimento x Tecnologia!

Robôs, computadores, internet, Globalização.
Nesta era de tecnologia e digitalização,
Tempos de ficar sem compromissos
E as mudanças são constantes
Eu oculto cá dentro,
Silenciosamente em meu peito,
Sentimentos da era de Shakespeare.

Vivendo de amores,
Morrendo um pouco a cada decepção amorosa.
Crescendo em tempos onde ninguem é compreendido,
Onde a hipocrisia e a ignorancia andam juntas.
Nesses tempos, nessa tal epoca Contemporanea
Damos valor apenas ao sexo e esquecemos do Amor.

Na era da globalização, oculto em minha alma
o amor, a paixão.

Almir Araujo.

TEMPOS QUE NÃO VIVI: II

Anos quarenta,
A era do radio, das saias rodadas.
Era do Hitler!
Época Segunda Guerra Mundial,
Onde milhares de inocentes perderam a vida.
Tempos em que na grande Alemanha
Prevalecia a raça ariana
.
Quero escrever sobre os anos quarenta
Anos das inesquecíveis radionovelas
De intensas paixões nas ondas dos rádios
Época do nascimento do rock
Tempos da infância de meu pai.

Anos quarenta anos em que judeus eram
Mandados para campos de concentração
Sendo assassinados cruelmente
A mando de um carrasco,
Um ditador.
Eram tempos de guerras,
De amor e ódio
Onde todos ocultavam a esperança da paz mundial,
A esperança de um mundo melhor!
Uma época que não vivi, mas sinto saudades!

Almir Araujo

Te entrego meu coração

Te entrego meu coração... é seu!

E durante um tempo me pergunto:

Esse caminho é o certo,
É o caminho que eu quero seguir?
A principio achei que sim.
Fantasiava que amor era bom,
Mas não existe no mundo real.

Eu conquistei um mundo

E eu mesmo o derrubei!

Quando tudo corria bem, me vi perdido

Esquecido quem eu era e pra onde seguia,
Amparado em um ser parado.

Me deixei levar, me equivoquei

Permiti ser guiado para um rumo que,
Nem eu mesmo sei o fim
Parei, tentei voltar, olhei para trás,
Chorei.
Sim, chorei!
Devolve meu coração?

Almir Araujo 07/2009