Foi no baile de carnaval onde eles se conheceram.
Era a noite das fantasias, dos mascarados.
Ela, Odalisca,
Ele, presidiário.
Trocaram olhares, ao redor deles, nada mais existia.
Foi intenso o que sentiram, foi verdadeiro,
Amor a primeira vista.
-Me encontra no jardim! - Disse ela.
E para lá seguiu, a espera do amor que esperou a vida toda.
Em pouco tempo, estavam lá, aos beijos, carícias, juras de amor.
Eram almas gêmeas!
Em vidas passadas foram amantes.
E agora se reecontraram nessa vida
-Vamos fugir? - Propôs ela.
-Fugir? Por que? Sou livre, você também...
-Não, eu sou casada!
Ele ficou arrasado.
A primeira mulher que ele sentiu amor, era comprometida.
Mas, não teve tempo de abrir a boca, logo atrás estava o outro, traído,
Pegando em flagrante o casal apaixonado.
-Sua traídora... - Gritou o marido e sacando uma arma,
Disparou vários tiros no casal de amantes.
Sem tempo para se defender, morreram na hora!
O marido assassino, vestido de palhaço, voltou para o baile, dançando e cantando:
-Ó abre alas que eu quero passar...
A Odalisca morreu sem saber o nome do Presidiário.
Eram alma gêmea.
Em vidas passadas foram amantes!
Almir Araujo 03/2011