Houve um tempo onde acreditei que meu amor era para sempre!
Eu te desejei como se deseja o primeiro amor.
Cheguei a acreditar que estava obcecado
Invadido por um sentimento até então desconhecido.
Implorava aos deuses por sua presença
Pelo simples fato de poder te sentir perto de mim
Sentir sem te tocar,
Tocar sem te beijar.
E eu sonhava com seus beijos, delirava gritando seu nome...
Quase ao ponto de me humilhar pedindo um abraço teu
Um misero abraço, uma migalha de abraço
Mais que para mim, valia muito.
Houve esse tempo, de martirio e dor em que
Tudo se resumia em voce.
Onde meus sonhos eram teus sonhos,
Minha vida era sua vida.
Eu chorava e voce sorria, não de mim nem para mim
Era para seu verdadeiro amor
Fui crescendo, amadurecendo, cicatrizando
A vida adormeceu meu sentimento não correspondido.
Houve um tempo em que desacreditei na palavra amor!
Almir Araujo/ Março-2009